sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Para você !!

Escrevo muito pra mim, nem me preocupo se alguém vai vir aqui espiar meu blog ou não.
Mas hoje eu vou escrever para você! É, você mesmo, pessoa que recebeu o link deste blog por email.

Você tem me feito tão feliz, meu riso tem outros sentido, minhas letras receberam outros valores, e eu vou esgotar todas as possibilidades deste meu sentimento.

Mesmo agindo com serenidade eu fecho os olhos e me deixo levar por todo essa empolgação.

Será que eu estou errada? Será que estou certa? Será que isto é permitido? Será que devo virar as costas? Será que devo aceitar os limites e me entregar mais um pouco? Será que devo recuar? Será? Será? Será?

Não sei, mas quer saber mesmo, rsrsrsr. Tô viva, não estou? Então permito-me viver, como alguém que ganhou um bilhete na loteria e vai sim buscar o prêmio, como alguém que está muito, mais muito, mais muito feliz, rsrrss, mesmo sabendo que corre um risco grande se sofrer, ou até que tenha essa certeza, que em determinado momento poderá sofrer.
Estou no mundo pra ser intensa...


Cris


Ei........ Você..........Obrigada !!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Preta

Que delicia é ser Preta   
Expor as ideias que saem dessa cabeça cacheada
Ruim meu cabelo não é, afinal ele nunca te causou mal
Lábios carnudos, que parecem ter vida própria
Falo de Luta, de Conquista
Também falo de dor, de lágrimas
Mas na essência falo de mim
Trago nas palavras a doçura dos verdadeiros
A liberdade, dos que a conquistaram
Que delícia é ser Preta
Preta como Rosa Parks
Preta como Dandara
Preta como Você
Preta como Eu

Dedicado a todas as mulheres Pretas, que se assumem como tal, sem precisar de rótulos para se sentir melhor

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Essência !!!


Eu sou letras de músicas, também sou de contos eróticos , sou de textos jornalísticos, releases fazem parte do meu dia a dia, crônicas e criticas literárias não são meu forte mas eu arrisco, todas essas formas literárias são importantes pra mim, mas o que me preenche mesmo são as poesias.
Não posso me considerar assim uma grande poetisa, mas relatar o cotidiano em formas poéticas é excitante é intrigante, traduzir sentimentos em letras, palavras e orações faz com que as rugas do negativismo se atenuem e as expressões da positividade se sobressaiam .

Um pouco de letras que uni e formei palavras, que uni e dei vida à sentimentos!!

Porque a vida poderia ser um eterno comercial de margarina
Pão quente com chocolate e açúcar
Doce de abóbora com creme de leite
Queijo com goiabada …

Mas a vida às vezes é …….
Água com sal e farinha
Enxurrada barrenta no prato
Sopa de pedras com chuchu
(essa poesia possui um toque de simbologia, as cores escolhidas para a ilustração do texto remetem a fome e a ansiedade, segundo minhas aulas de semiótica na faculdade) 
Fome

domingo, 18 de setembro de 2011

Eu e minha vida!!!!

Sabe quando você está muito feliz!!
Vivo um momento de transição, sonhos, realizações, momentos, paixões, amigos, vida, minha vida está em constante mutação, não sei ao certo onde essas mudanças poderão me levar, mas tenho experimentado varias sensações que têm me feito muito bem.
Dae que conheci pessoas novas, experimentei bebidas novas, papos novos, novas músicas, meu coração tem batido num compasso forte mas leve.
Dae que eu fiz um dread (queria fazia tempo), estou vivendo um desprendimento humano e uma prendimento espiritual e emocional ....






Ae Deus obrigada por tudo!!!!!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Homenagem de Carbonel


Olhar profundo e feliz

I Encontro de Correspontes Comunitários Viva Favela - Rio de Janeiro

Eu passei uma semana no Rio de Janeiro, fui para o I Encontro de Correspondentes Comunitários do Viva Favela, embarquei no buzão (fui de buzão porque pra mim era mais fácil que avião) as 20:30 e cheguei na cidade maravilhosa (por sinal maravilhosa mesmo) as 7:00, um pouco confusa sem saber que rumo tomar, mas como lisa que sou, logo fui me encontrando peguei um táxi e cheguei no Hostel Republica local onde eu passaria os próximos dias.

O grupo de correspondente comunitários foi formado por 14 pessoas de diferentes regiões do pais. Logo no primeiro momento encontrei a Karine e a Angelina no banheiro, o primeiro encontro foi meio estranho uma saudação de “bom dia” meio seca e nada mais. Parti pro café da manhã e dae fomos nos conhecendo, trocando ideias e criando intimidade.

Logo na primeira noite após um dia inteiro de palestras aconteceu o coquetel de lançamento do e-book do Petter Lucas, entrou a cerveja e saiu a timidez e logo estabelecemos laços de uma amizade que renderia muitos frutos.

A simbiose foi tão grande que parecíamos amigos de longas datas, já nos comunicávamos com o olhar sem precisar dizer uma só palavra para que a mensagem fosse passada.

Horas e mais horas de palestras, debates, oficinas, visitação a favela e horas e mais horas de risadas, amor, conversas, confissões, trocas de carinho e inevitavelmente muitas lagrimas, que corriam em nossas faces como um grito de ”por favor não me largue nunca mais, por favor seja meu amigo pra sempre”.

Tem coisas em nossa vida que são inexplicáveis, Deus faz o universo conspirar a nosso favor, e faz com que pessoas escolhidas por ele, venha fazer parte de nossa vida.

Abaixo um perfil (interpretação pessoal) dos 14 correspondentes (amigos).


1-      Roniel: O fotografo da turma creio eu que o maior número de fotos tirada nesses dias esteja em seu HD, discreto, bonito, alegre, e garanhão.

2-      Karine: Dormi com ela em cima de mim todas as noit es (beliche), ela é tipo super parceira, topa tudo que é proposto a ela, amigona, que não me deixou um minuto, varias brejas divididas e conhecimento partilhado.

3-      Cris Rato: Uma figura um cara super inteligente, com um olhar penetrante que quando ele te olha parece que está querendo ver sua alma, super tranquilo, e de riso fácil, e tudo pra ele é “norrrrrrmal, ou é possível”.

4-      Tati: Um pouco mais reservada creio que mais pela timidez, mas uma pessoa encantadora, fala pouco, mas diz muito.

5-      Carbonel: Pernambuco foi muito bem representado por ele, uma energia inexplicável, muito carinhoso, mas ele não tem pelos no corpo. rsrs        
                                                                                                                                                             
6-      Liu: o rapper do movimento, um cara entusiasmadíssimo, alegre, falador e amante incondicional do Hip Hop, gente da melhor qualidade um poeta do gueto

7-      Viviane Barbara: doce, meiga e que queria peixe, peixe, peixe, mas sempre se rendia a outros pratos, dedicada aos amigos e a família, não desgrudava do telefone dando noticia pro negão dela.. Ahh e não conhece a Edd.


8-      Angelina: Doida, rsrs, uma autêntica mina firmeza, pau pra toda obre, e tem uma das qualidade que mais admiro no ser humano a sinceridade.

9-      Douglas Mineiro: calma gente, vamos devagar o mineiro é assim, calmo de boa, um turista do grafite ele tem com certeza o registro de todos os grafites do Rio de Janeiro, e sempre com o termo “Hello, hello” ..

10-  Marcelo: KKKKKKKKK, eu queria ser empresaria dele com certeza ficaríamos ricos se explorássemos mais seu humor de improviso, um cara mega humano, que leva a vida numa piada. Rsrs, adoro..

11-  Clesi: E bichinha arretada, ela queria um negão, deu cheiro em todo mundo, só a vi triste uma vez, mas logo ela deu um jeito de ficar boa pra cair no samba com o Mascote, então.... mas o negão não apareceu e ela (assim como eu), passou o RJ em branco.

12-  Eu: sei lá, eu sou assim mesmo. KKKKK

13-  Marcos –Dae: Curitiba da gema dae, se perdeu logo no primeiro dia, dae, mas depois se encontrou e nunca mais deixou a gente, dae..

14-  Ivan Luiz: o mais compenetrado de todos, inteligente, sério, mas ao mesmo tempo extrovertido, e pra mim poderia facilmente ser  parte da cabeça deste corpo chamado Correspondentes Viva Favela..

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Olhares de um cotidiano


"Triste não é vida, triste é olhar
que você tem tido sobre ela"
Cristiane Oliveira

Dae que eu sou um tanto otimista, vivo as dificuldades, sem deixar que as dificuldades vivam em mim, encaro os problemas com naturalidade e sempre procuro ser um pouco poliana (terapia do contente), buscar um lado bom para as coisas, tenho muita fé e isso me ajuda a ter certeza que tudo em nossa vida não passa de ensinamentos, que o melhor momento de aprendermos com uma situação seja ela boa ou ruim é agora.

Eu acho péssimo pessoas que só reclamam da vida, faz um tempo que estava com este texto em mente meio preguiçosa de vir aqui me expressar, mas algumas situações acabaram  me inspirando.

Leiam estes textos abaixo os dois narram o mesmo cotidiano, mas com olhares e sentimentos diferentes.

 Narrativa 1

Bom dia, hoje acordei cedo, até queria dormir mais um pouquinho, mas tinha uma reunião importante e precisava chegar meia hora mais cedo.

O dia estava bem frio aproveitei para caprichar no visual, afinal tem roupas que só podemos usar nesta época, coloquei uma bota linda que comprei o ano passado e como há tempos não fazia um frio tão intenso aproveitei a ocasião.

O carro demorou um pouco pra pegar (deve ter sido o frio), como eu estava com tempo de sobra e nem trabalho tão longe assim de casa, resolvi ir a pé, no caminho tive  uma surpresa maravilhosa, é outono e  as folhas começam a cair, passei por uma rua que parecia um tapete de folhas, linda (tirei uma foto, vou compartilhar com vocês).

olha que perfeito

No caminho já quase na esquina do meu local de trabalho, fui parada por uma criança, uma menininha linda, ela estava pedindo esmola, resolvi ajudar, não com dinheiro, mas comprei na padaria um chocolate quente e um pão bem quentinho pra ela e prometi que amanhã levo umas roupas, ela parecia estar com bastante frio.

No trabalho a reunião rolou super bem e depois tivemos um café da manhã surpresa. O dia foi bem produtivo.

Depois de um dia de trabalho chegeui em casa, meus sobrinhos apareceram fazer uma surpresinha pra mim, fiz pipoca e chá e ficamos até tarde jogando cartas.

E esse foi meu dia, agradeço a Deus por ele.


Narrativa 2

Merda, to morrendo de sono e tenho que acordar cedo, aquele chefe maldito tinha que marcar essa reunião hoje, vou ter que chegar meia hora mais cedo.

Hoje tá um frio do caralho, e eu estou sem animo pra tudo, por mim ia trabalhar de pijama mesmo, bom, mas como não posso, vou usar essa bota que comprei o ano passado gastei uma nota com ela e ela fica aqui juntando mofo no guarda roupas.

Essa bosta de carro demorou pra pegar, perdi a paciência fui obrigada a ir a pé, o problema não é nem a distância, o que eu acho chato é ter qur ficar dando bom dia pras pessoas na rua, nem as conheço porque tenho que desejar bom dia, quero mais é que elas se ferrem, e tem outra questão que me incomoda é outono, as ruas ficam cheias de folhas e esses garis nem pra limpar as ruas direito, eu tirei uma foto (vou reclamar na prefeitura).

Não bastasse tudo isso quando eu achei que minha caminhada matinal atormentada tinha terminado me deparo com uma menina pedindo esmola, porque não vai trabalhar, tem tanta criança que trabalha, e eu sou obrigado a dar meu dinheiro suado pra ela. Finge que nem ouvi o que ela falou.

A reunião foi um saco aguenta chefe mala falando não é facil, e depois ainda me aparece com um café da manhã surpresa, com certeza fez isso só pra puxar o saco, só de raiva não participei. Trabalhei como um camelo.

Cheguei em casa cansada e os pentelhos dos meus sobrinhos resolveram aparecer, mandei eles embora, não aguento criança enchendo meu saco, querendo tomar chá, comer pipoca e jogar cartas, porque não essas crianças não me deixam em paz.

Esse foi meu dia, se amanhã for como hoje eu me mato.


E você, que narrativa você tem feito do seu dia?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OU é 8 ou é 80

Sabe essa parada de mais ou menos, água com açucar? Pra mim não rola, eu sou muito intensa em tudo que eu acredito, que eu curto, ou que me identifico.

As vezes eu sofro um pouco, (não sofro tanto rs), mas me lembro bem de um lance assim na minha vida, eu curtia muito o rapper ae (não vem ao caso), um belo dia eu fui em um show dele, um tanto quanto empolgada, afinal eu admirava o trabadelho dele, mas eu me decepcionei, no meio do show ele começou a maltratar os profissionais da mesa de som o pessoal da iluminação, pronto, pra mim bastou, eu nunca mais ouvi nenhuma musica do cara.

O Rap, vocês não tem noção do quanto eu já paguei por declarar meu amor a ele, eu digo amor porque eu amo mesmo, vivo o Hip Hop intensamente todos os dias de minha vida, mas vocês não imaginan (ou imaginan) o que acontece quando eu falo que sou do Hip Hop (risos), porque tem gente que bate no peito e fala que é do Hip Hop mas depende do local onde a pessoa está, se  está na favela é do Rap se está no centro ae o gosto musical muda. Geral pensa que pra ser do Hip Hop você precisa ter uma cara de mal, fumar maconha, morar na favela, passar fome, e mais um monte de coisa estranha.........Eu sou diferente.

Ser fã, eu sou muito fã de algumas pessoas, Malcolm X por exemplo eu acho ele muito F%$@#, Elis Regina, Jesus Cristo, Gandhi, Emicida. Mas como assim colocar na mesma linha Jesus Cristo, Gandhi e Emicida, pode soar estranho pra quem esta lendo, mas pra mim é super normal se um dia você chegar em casa e me pegar ouvindo uma sequencia programada de musicas você vai perceber que eu passeio entre Sabor de Mel (louvor gospel), e Rua Augusta (rap secular), com a mesma intensidade, fecho os olhos para orar no momento do louvor e fecho os olhos para cantar uma música que mostra o respeito as prostitutas, na minha mente não existe muito essas barreiras, tipo, agora é pra orar, agora é pra dançar, acho mega normal essas misturas desde que seja de coração e intenso tudo é válido.


Então sejamos intensos, não vamos ficar levando a vida tipo água com açucar, que não rola....................
AMOOOOOOO






Eu seria ......

Se eu fosse um mês, eu seria: fevereiro (nasci neste mês, é carnaval)
Se eu fosse um dia da semana: sexta-feira
Se eu fosse um horário do dia: 21:00
Se eu fosse um planeta ou astro: Saturno
Se eu fosse uma direção: leste
Se eu fosse um móvel: escrivaninha
Se eu fosse um líquido: água de coco
Se eu fosse uma árvore: pitangueira
Se eu fosse uma fruta: morango
Se eu fosse uma flor: Lirio, este aqui
Se eu fosse um clima: quente
Se eu fosse um instrumento musical: violão
Se eu fosse um elemento: água
Se eu fosse uma cor:verde
Se eu fosse um bicho: peixe
Se eu fosse uma música: impossivel definir, mas seria um Rap ou uma MPB
Se eu fosse um sentimento: amizade
Se eu fosse um livro: Malcolm x
Se eu fosse um lugar: montanha
Se eu fosse um gosto: chocolate
Se eu fosse um cheiro: hortelã
Se eu fosse uma palavra: sinceridade
Se eu fosse um objeto: cadeira
Se eu fosse um verbo: ser
Se eu fosse uma parte do corpo: mãos
Se eu fosse uma expressão facial: :)
Se eu fosse um filme: No embalo do amor (brown suggar)
Se eu fosse um número: 7
Se eu fosse uma estação: verão

Se eu fosse uma pessoa gostaria de ser eu mesma, lógico que se pudesse acrescentar algumas coisas e excluir outras, seria ótimo, mas na essencia queria ser assim do jeitinho que sou.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Certeza.....

Sabe quando parece que tudo a sua volta está desabando e você tem a certeza que vai vencer.




Amém...............



segunda-feira, 18 de abril de 2011

IDENTIDADE

Identidade é algo que ou você tem, ou você não tem, pra mim identidade visual é algo muito importante, em um mundo de tanta aparência como o que vivemos hoje, o interessante para não render-se aos padrões impostos é acreditar em si e na imagem que você passa, sem se preocupar com o que seus vizinhos vão falar quando você sair de casa, com o comentário infame do namorado (você vai assim?), ou com os olhares que possam te lançar na rua.

Eu já cansei de ouvir esta frase (nossa você se veste diferente), penso eu, será que isso é um elogio ou uma critica, mas o fato é que a opinião alheia  não é algo que muda nossa vida, principalmente quando ela vem de pessoas que não são tão importantes assim.

Meu cabelo é cacheado, mas não é de  hoje que eu ouço as pessoas dizerem assim ("nosso cabelo é ruim"), eu não acho que meu cabelo seja ruim, pra começar, o que ele fez pra você, pra ser chamado de ruim, ele te causou algum mal, te bateu, te xingou?



Não podemos negar que tudo na vida tem um limite, que existe algumas regras ligadas a vestimenta que não fazem mal a ninguém, como, saber se vestir para uma entrevista de emprego, não usar bermuda ou saia curta por exemplo dentro de lugares que você sabe que este estilo não cabe, afinal bom senso não faz mal a ninguém.


Então o interessante é ser livre, vista-se da maneira  que você se sente bem, não se preocupe em esticar seus cachos, solte seu cabelo, não fique com medo se ele armar, saia de tênis e vestido que além de ficar lindo, dá um ar despojado e feminino ao mesmo tempo, customize aquela saia velha, de um toque pessoal àquela calça que você amava, mas agora esta lá no cantinho do guarda roupa.

Vestido e Tênis (Não disse que fica lindo)


AME-SE !!!
SINTA-SE !!!!
SEJA VOCÊ !!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Escrever sobre o que eu realmente acredito

Como é bom ter um blog né, porque fico mais aberta para escrever, não preciso me preocupar com politicas de boa vizinhança, posso simplesmente falar sobre o que eu realmente acredito e me expressar sem restrições, do tipo "pode falar disso, mas não pode falar daquilo, cuidado ao tocar neste assunto, pegar mais leve com as palavras".

Mas dia desses me ocorreu um lance legal, a minha amiga de internet @jessicabalbino do blog http://www.jessicabalbino.blogspot.com/, me falou uma vez do  site http://www.vivafavela.com.br/, na ocasião fiz meu cadastro para postar materias no site, porque tinhamos combinado de fazer alguns textos juntas. Outro dia ela falou de novo pra mim sobre a revista virtual do site, decidi dar uma espiadinha e me interagir mais sobre o assunto, descobri que o tema da próxima revista seria Trabalho.

Eu sou muito ligada a artes e mandei uma sugestão de pauta sobre as pessoas que trabalham com alguma forma de arte (música, teatro, dança, literatura) que sofrem preconceito da sociedade e são vistos e chamados de  "Vagabundos", a pauta foi aceita e começei a elaborar a matéria. E me senti muito bem ao escrever sobre este tema, que é algo que eu me identifico, são histórias que eu consigo compreender, como aqui neste blog só cabe temas que me fazem bem vou postar aqui a matéria que fiz pro Viva Favela.

Profissão: Vagabundo

Os artistas periféricos que driblaram os rótulos impostos pela sociedade e venceram por meio da arte. “O povo pensa que artista nunca trabalha, mas ele é um operário eterno”.(Elza Soares, 2010)
7h da manhã, de um lado da cidade o trabalhador acorda, veste terno e gravata, calça, sapato social, pega o carro e vai para o escritório cumprir seu ofício.

7h da manhã, do outro lado da cidade o trabalhador acorda, veste bermuda, camiseta, calça tênis, pega o ônibus e vai para o galpão da comunidade cumprir seu ofício.

O primeiro é um advogado e recebe o titulo social de homem de bem, já o segundo é Fabiano Ray, 27 anos, o professor Binho, que trabalha como educador social de dança de rua, no projeto “Arte e Movimento”, custeado pela prefeitura da cidade de Barra Bonita, interior de São Paulo. Binho é rotulado por muitos como “vagabundo” e desabafa: “Os mesmos que não valorizam meu trabalho levam os filhos nos projetos sociais, se não fosse eu quem iria tirar os filhos deles das ruas, dar conselhos”.

Os profissionais que utilizam alguma das vertentes da arte para sobreviver tendem a ser vitimas do conceito errôneo de uma parcela da sociedade, que classifica como errado tudo que difere ou que não segue os padrões impostos.

Periferia digna de Grammy

Muitas vezes o preconceito com a profissão, acontece dentro de casa, como é o caso do produtor e diretor de clipes Vras 77, que, construindo seus próprios equipamentos e produzindo clipes para artistas do rap nacional, ganhou notoriedade e respeito do público.

Mesmo com várias portas sendo abertas para o produtor, dentro de casa a história é diferente: “Até a minha família fala que sou vagabundo, eles acham que trabalho tem que ter peso e se a gente faz dinheiro sem ter que trabalhar de pedreiro ou carregar peso não é trabalho”, comentou o cineasta periférico, morador da Brasilândia, distrito de São Paulo que já chegou a ser considerado uma das áreas  mais violentas do estado.
A falta de apoio familiar não desanimou Vras, que assina produções de nomes como Afro-X, Ca.Ge.Be., X-Barão e Inquérito.

Letras transformadoras

 “Todo mundo gosta de ler, mas pra isso alguém precisa escrever o livro”. Assim começa o diálogo com a escritora Geni Mariano Guimarães, 63 anos. A sua obra literária tornou-se conhecida por meio do livro “A cor da ternura”, onde ela narra sua infância pobre na cidade de São Manuel, interior de São Paulo.
Quando a professora decidiu dedicar-se integralmente aos livros, ela conheceu na pele uma forma diferente de preconceito: “Eu carrego três tipos de preconceito: o primeiro por ser mulher, o segundo por ser negra e o terceiro por ser escritora”, comenta.

Os olhares atravessados e o descaso com a sua arte deram a Geni um impulso maior na literatura. “Até mesmo meu marido discriminava meu trabalho, toda vez que eu precisava ir em algum encontro de literatura, eu recebia a reprovação dele, no começo ele via meu trabalho literário como algo de pouca importância”, concluiu.

Da infância humilde no interior de São Paulo, para congressos no Brasil e na Alemanha, hoje as obras e a trajetória de Geni Guimarães se tornaram objeto de estudo para teses de graduações, mestrados e doutorados. As linhas amargas que marcaram inicialmente a história da escritora ganharam contornos mais suaves e repleto de vitórias ao longo de sua carreira.

A arte do Canto Falado

Hortolândia e região, berço de grupos de Rap como Face da Morte, Realidade Cruel, Sacramento, Ments Criminais, Código do Morro, foi ao lado do Realidade Cruel e do Total Drama que Leonardo Costa Arantes, 27 anos, tornou seu timbre conhecido Brasil a fora.

Léo, como é conhecido no Rap, hoje é o personagem desta história, mas a vida dele, como músico, nada difere da vida de muitos artistas brasileiros. Quando questionado sobre aceitação da sociedade para com seu trabalho, Léo queixa-se: “Já sofri preconceito até dentro de casa”.
Há 10 anos como MC Léo, sempre dividiu o microfone com outro ofício para sobreviver: “Fui metalúrgico durante 5 anos“. Quando teve a oportunidade de viver de Rap Léo, não foi bem visto por alguns: “Até meus amigos achavam estranho eu não exercer outra função que não MC”, comentou.
Durante os dois anos que o rapper parou de trabalhar pra fora e passou a custear seus gastos com o dinheiro que ganhava como MC do grupo Realidade Cruel e do Total Drama, Léo passou a ser visto como desocupado. “Dentro de casa, quando meus pais me viam me dedicando somente à música, perguntavam porque eu não ia procurar um trabalho, eles não entendiam que aquele era o meu trabalho”, concluiu.
Fazer rir, chorar, dançar, pensar, questionar, cantar, e despertar tantos outros sentimentos, este é o papel dos artistas, seja no anonimato, ou mundialmente conhecido, valorizar e respeitar a arte é o papel do restante da sociedade.

“Quanto mais discriminavam meu trabalho, mais eu tinha vontade de mostrá-lo”. (Léo)

Cristiane Oliveira - Para Viva Favela
@pretacris

domingo, 27 de março de 2011

Meu TCC

Durante a Faculdade de Jornalismo muitas duvidas me ocorreram nos 4 anos de estudos [regado de um pouco de cerveja], insegurança sobre a escolha do curso quando ouve a queda do diploma, duvidas com relação ao egoismo de muitos que entram pra esta profissão pra ver seu ego sendo inflado, a desvalorização do profissional Jornalista, enfim varios e varios pontos duvidosos.

Mas o tema deste post, não são minhas crises de identidade profissional e sim o meu Trabalho de Conclusão de Curso, que teve como produto um videodocumentário produzido por mim e pela Vivian Magalhães, com muito esforço e dedidação. O  trabalho completo foi produzido durante pouco mais de um ano, nesse tempo, mergulhamos no íntimo de uma ferida que dói em muitas pessoas, mais especificamente a dor da  escritora Geni Mariano Guimarães, mulher guerreira batalhadora que não se deixou brecar pelos olhares atravessados, que contestavam seu talento na literatura ou que tentaram a diminuir por ser negra ou ainda aqueles que não  à deram o título merecido por ser negra.

Enfim, entre todos os fantasmas que me seguiram durante a faculdade a produção do videodocumentário Vencendo Preconceitos, foi um momento impar em minha vida.

E hoje divido com o mundo minhas pesquisas, conclusões, duvidas e certezas..........

Vencendo Preconceitos -Video 1

Vencendo Preconceitos - Video 2

domingo, 20 de março de 2011

Porque escrever

Blog: segundo nosso amigo "wikipedia"  é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts. Pra mim blog é como um amigo, que nasce da necessidade de nos comunicarmos mais, de dividirmos mais nossos momentos, pensamentos e saberes.

Dividir um turbilhão de sentimentos com pessoas que muitas vezes são nossos amigos no mundo real, mas que na maioria das vezes são amigos virtuais, que aparecem de vez em quando para dar uma espiadinha, para dar uma comentadinha, para ler um desabafo ou uma besteira que escrevemos, enfim é através desta ferramente que damos uma dimensão maior ao que temos em nosso interior.

 Eu já tive blogs, sobre Cultura Popular, sobre Hip Hop, sobre Alegria, mas nunca dei uma sequência a eles, creio que os rótulos é que me impediram de continuar escrevendo, a limitação que eu mesma criei foi o que abortou meus pensamentos, hoje não me  limito mais, sou do tamanho que eu desejar ser, se eu mesma impor barreiras para minha vida, imaginem o mundo.


"Limites são imposições que surgem
 para nos impedir de chegar"