segunda-feira, 25 de abril de 2011

Certeza.....

Sabe quando parece que tudo a sua volta está desabando e você tem a certeza que vai vencer.




Amém...............



segunda-feira, 18 de abril de 2011

IDENTIDADE

Identidade é algo que ou você tem, ou você não tem, pra mim identidade visual é algo muito importante, em um mundo de tanta aparência como o que vivemos hoje, o interessante para não render-se aos padrões impostos é acreditar em si e na imagem que você passa, sem se preocupar com o que seus vizinhos vão falar quando você sair de casa, com o comentário infame do namorado (você vai assim?), ou com os olhares que possam te lançar na rua.

Eu já cansei de ouvir esta frase (nossa você se veste diferente), penso eu, será que isso é um elogio ou uma critica, mas o fato é que a opinião alheia  não é algo que muda nossa vida, principalmente quando ela vem de pessoas que não são tão importantes assim.

Meu cabelo é cacheado, mas não é de  hoje que eu ouço as pessoas dizerem assim ("nosso cabelo é ruim"), eu não acho que meu cabelo seja ruim, pra começar, o que ele fez pra você, pra ser chamado de ruim, ele te causou algum mal, te bateu, te xingou?



Não podemos negar que tudo na vida tem um limite, que existe algumas regras ligadas a vestimenta que não fazem mal a ninguém, como, saber se vestir para uma entrevista de emprego, não usar bermuda ou saia curta por exemplo dentro de lugares que você sabe que este estilo não cabe, afinal bom senso não faz mal a ninguém.


Então o interessante é ser livre, vista-se da maneira  que você se sente bem, não se preocupe em esticar seus cachos, solte seu cabelo, não fique com medo se ele armar, saia de tênis e vestido que além de ficar lindo, dá um ar despojado e feminino ao mesmo tempo, customize aquela saia velha, de um toque pessoal àquela calça que você amava, mas agora esta lá no cantinho do guarda roupa.

Vestido e Tênis (Não disse que fica lindo)


AME-SE !!!
SINTA-SE !!!!
SEJA VOCÊ !!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Escrever sobre o que eu realmente acredito

Como é bom ter um blog né, porque fico mais aberta para escrever, não preciso me preocupar com politicas de boa vizinhança, posso simplesmente falar sobre o que eu realmente acredito e me expressar sem restrições, do tipo "pode falar disso, mas não pode falar daquilo, cuidado ao tocar neste assunto, pegar mais leve com as palavras".

Mas dia desses me ocorreu um lance legal, a minha amiga de internet @jessicabalbino do blog http://www.jessicabalbino.blogspot.com/, me falou uma vez do  site http://www.vivafavela.com.br/, na ocasião fiz meu cadastro para postar materias no site, porque tinhamos combinado de fazer alguns textos juntas. Outro dia ela falou de novo pra mim sobre a revista virtual do site, decidi dar uma espiadinha e me interagir mais sobre o assunto, descobri que o tema da próxima revista seria Trabalho.

Eu sou muito ligada a artes e mandei uma sugestão de pauta sobre as pessoas que trabalham com alguma forma de arte (música, teatro, dança, literatura) que sofrem preconceito da sociedade e são vistos e chamados de  "Vagabundos", a pauta foi aceita e começei a elaborar a matéria. E me senti muito bem ao escrever sobre este tema, que é algo que eu me identifico, são histórias que eu consigo compreender, como aqui neste blog só cabe temas que me fazem bem vou postar aqui a matéria que fiz pro Viva Favela.

Profissão: Vagabundo

Os artistas periféricos que driblaram os rótulos impostos pela sociedade e venceram por meio da arte. “O povo pensa que artista nunca trabalha, mas ele é um operário eterno”.(Elza Soares, 2010)
7h da manhã, de um lado da cidade o trabalhador acorda, veste terno e gravata, calça, sapato social, pega o carro e vai para o escritório cumprir seu ofício.

7h da manhã, do outro lado da cidade o trabalhador acorda, veste bermuda, camiseta, calça tênis, pega o ônibus e vai para o galpão da comunidade cumprir seu ofício.

O primeiro é um advogado e recebe o titulo social de homem de bem, já o segundo é Fabiano Ray, 27 anos, o professor Binho, que trabalha como educador social de dança de rua, no projeto “Arte e Movimento”, custeado pela prefeitura da cidade de Barra Bonita, interior de São Paulo. Binho é rotulado por muitos como “vagabundo” e desabafa: “Os mesmos que não valorizam meu trabalho levam os filhos nos projetos sociais, se não fosse eu quem iria tirar os filhos deles das ruas, dar conselhos”.

Os profissionais que utilizam alguma das vertentes da arte para sobreviver tendem a ser vitimas do conceito errôneo de uma parcela da sociedade, que classifica como errado tudo que difere ou que não segue os padrões impostos.

Periferia digna de Grammy

Muitas vezes o preconceito com a profissão, acontece dentro de casa, como é o caso do produtor e diretor de clipes Vras 77, que, construindo seus próprios equipamentos e produzindo clipes para artistas do rap nacional, ganhou notoriedade e respeito do público.

Mesmo com várias portas sendo abertas para o produtor, dentro de casa a história é diferente: “Até a minha família fala que sou vagabundo, eles acham que trabalho tem que ter peso e se a gente faz dinheiro sem ter que trabalhar de pedreiro ou carregar peso não é trabalho”, comentou o cineasta periférico, morador da Brasilândia, distrito de São Paulo que já chegou a ser considerado uma das áreas  mais violentas do estado.
A falta de apoio familiar não desanimou Vras, que assina produções de nomes como Afro-X, Ca.Ge.Be., X-Barão e Inquérito.

Letras transformadoras

 “Todo mundo gosta de ler, mas pra isso alguém precisa escrever o livro”. Assim começa o diálogo com a escritora Geni Mariano Guimarães, 63 anos. A sua obra literária tornou-se conhecida por meio do livro “A cor da ternura”, onde ela narra sua infância pobre na cidade de São Manuel, interior de São Paulo.
Quando a professora decidiu dedicar-se integralmente aos livros, ela conheceu na pele uma forma diferente de preconceito: “Eu carrego três tipos de preconceito: o primeiro por ser mulher, o segundo por ser negra e o terceiro por ser escritora”, comenta.

Os olhares atravessados e o descaso com a sua arte deram a Geni um impulso maior na literatura. “Até mesmo meu marido discriminava meu trabalho, toda vez que eu precisava ir em algum encontro de literatura, eu recebia a reprovação dele, no começo ele via meu trabalho literário como algo de pouca importância”, concluiu.

Da infância humilde no interior de São Paulo, para congressos no Brasil e na Alemanha, hoje as obras e a trajetória de Geni Guimarães se tornaram objeto de estudo para teses de graduações, mestrados e doutorados. As linhas amargas que marcaram inicialmente a história da escritora ganharam contornos mais suaves e repleto de vitórias ao longo de sua carreira.

A arte do Canto Falado

Hortolândia e região, berço de grupos de Rap como Face da Morte, Realidade Cruel, Sacramento, Ments Criminais, Código do Morro, foi ao lado do Realidade Cruel e do Total Drama que Leonardo Costa Arantes, 27 anos, tornou seu timbre conhecido Brasil a fora.

Léo, como é conhecido no Rap, hoje é o personagem desta história, mas a vida dele, como músico, nada difere da vida de muitos artistas brasileiros. Quando questionado sobre aceitação da sociedade para com seu trabalho, Léo queixa-se: “Já sofri preconceito até dentro de casa”.
Há 10 anos como MC Léo, sempre dividiu o microfone com outro ofício para sobreviver: “Fui metalúrgico durante 5 anos“. Quando teve a oportunidade de viver de Rap Léo, não foi bem visto por alguns: “Até meus amigos achavam estranho eu não exercer outra função que não MC”, comentou.
Durante os dois anos que o rapper parou de trabalhar pra fora e passou a custear seus gastos com o dinheiro que ganhava como MC do grupo Realidade Cruel e do Total Drama, Léo passou a ser visto como desocupado. “Dentro de casa, quando meus pais me viam me dedicando somente à música, perguntavam porque eu não ia procurar um trabalho, eles não entendiam que aquele era o meu trabalho”, concluiu.
Fazer rir, chorar, dançar, pensar, questionar, cantar, e despertar tantos outros sentimentos, este é o papel dos artistas, seja no anonimato, ou mundialmente conhecido, valorizar e respeitar a arte é o papel do restante da sociedade.

“Quanto mais discriminavam meu trabalho, mais eu tinha vontade de mostrá-lo”. (Léo)

Cristiane Oliveira - Para Viva Favela
@pretacris