sexta-feira, 11 de maio de 2012

O livre arbítrio



A liberdade de escolha é algo tremendo em nossas vidas, a possibilidade de podermos dizer sim ou não, de irmos ou de ficarmos é algo recentemente conquistado.

Em outras épocas os escravos eram submissos a vontade de seus senhores, as mulheres, de seus homens e a sociedade era um reflexo da ditadura militar que impunha cores, atitudes e padrões. 

A lavagem cerebral forçada ao qual nossos pais, mães e avós tiveram que passar, nos garantiram o direito de sermos livres. 

Outro dia ouvindo uma música refleti sobre o seguinte trecho "A liberdade está aí toda liberta. Pergunto, será que a gente utiliza de forma certa?". O que temos feito com o nosso livre arbítrio? quando utilizo este termo, não me refiro somente àquele citado na bíblia, onde Deus nos deixou livre para dizermos sim ou não ao pecado, o livre arbítrio é a sua vida, é a resistência de suas atitudes, a decisão que só você pode tomar a respeito da vida.

Quando escolhemos assumir um papel diferenciado, mas sincero, temos que pagar o preço. A onda te leva para um só caminho, nadar contra ela, pode te garantir não ser apenas mais um que chega ao destino final, mas ser um, que criou seu próprio caminho e construiu a estrada, pavimentou cada pedacinho dela com seu suor, suas lágrimas, noites sem dormir, para chegar ao fim e repousar na tranquilidade e na Paz adquirida com a sobriedade dos que podem dizer que venceram. 

Não me declaro contra padrões, se eles não existissem muitos estariam perdidos sem saber como criar seu próprio eu, sem a ajuda desta cartilha de respostas pontilhadas, onde você apenas passa o lápis por cima completando a frase, alguns ou a grande maioria, ficaria sem chão, sem um porto seguro. 

Receber um caderno em branco, criar suas próprias perguntas e respostas é para os que ousam assumir o papel de autor de sua própria obra, que pode ser refeita a cada manhã, pode ser rascunhada, rabiscada, usar termos que somente você entende [a liberdade poética te garanti isso], enfim, arriscar-se a escrever seu seu próprio caminho te permite a verdade, colocar um ponto final, uma exclamação e principalmente pontos de interrogações onde você julgar necessário. Escrevo sobre palavras tentando traduzir o significado de uma vida, que pode durar um, dois, dez, cinquenta, cem anos, mas precisa ser intensa, destinada ao que você realmente acredita, e que vai te fazer feliz. 

No final de sua cartilha pontilhada a professora vai te dar a nota que ela julgar que você mereça, vai te fitar, e atribuir a você uma pontuação pré determinada de um a dez, baseada no que ela acredita como sendo certo ou errado.

Já o autor de sua própria obra poderá atribuir-se sua própria nota, mas sem regras pre determinadas, o certo ou o errado é uma questão do ponto de vista pessoal, de um a dez, de zero a trezentos de nada a nada, os números já não exitem mais. 

Traga a existência uma nova história!